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NOV
03
03 NOV 2015
ESPORTES
Alunos de Poloni se destacam em Valentim Gentil e Mestre Tatu fala sobre a história da cultura chamada capoeira
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A capoeira surgiu entre os escravos como um grito de liberdade.

Os negros da África, a maioria da região de Angola, foram trazidos para o Brasil para trabalhar nas lavouras de cana de açúcar como mão de obra escrava.

Segundo Menezes (1976), a vida dos negros trazidos da África de maneira forçada, brutal, consistia em trabalhar de sol a sol para os senhores portugueses que exploravam as riquezas brasileiras desde o descobrimento.

Chegando a nova terra, (os escravos) eram repartidos entre os senhores, marcados a ferro em brasa como gado e empilhados na sua nova moradia: as prisões infectadas das senzalas. Os colonizadores agrupavam os africanos de diferentes tribos, com hábitos, costumes e até línguas diferentes, eliminando, assim, o risco de rebeliões.

Os negros chegavam ao Brasil, depois de passarem dias empilhados em navios negreiros, trazendo como única bagagem suas tradições culturais e religiosas.

O negro trouxe consigo suas danças e lutas guerreiras que de muita valia veio a se tornar para os escravos fugitivos.

Na África, mais precisamente na região de Angola, os negros lutavam com cabeçadas e pontapés nas chamadas "luta das zebras", disputando as meninas das suas tribos com a finalidade de torná-las suas esposas.

Na ausência de armas, os negros buscaram nas danças guerreiras sua forma de defesa. Da necessidade de preservação da vida, surgiu a capoeira.

Tendo como mestra a mãe natureza, notando brigas dos animais as marradas, coices, saltos e botes, utilizando-se das manifestações culturais trazidas da África (como, por exemplo, brincadeiras, competições, etc... que lá praticavam em momentos cerimoniais e ritualísticos), aproveitando-se dos vãos livres que aqui se abriam no interior das matas e capoeiras, os negros criam e praticam uma luta de auto defesa para enfrentar o inimigo.

Com o passar dos tempos, os nossos colonizadores perceberam o poder fatal da capoeira, proibindo esta e rotulando-a de "arte negra", Santos (1998).

Em 1888 foi abolida a escravatura e com isso muitos escravos foram lançados nas cidades sem emprego e a capoeira foi um dos meios utilizados para a sobrevivência. Alguns ex- escravos passaram a ganhar a vida fazendo pequenas apresentações em praça pública, porém muitos deles utilizaram a capoeira para roubar e saquear.

Os marginais brancos também aprenderam a nova luta com o convívio mais direto com os negros e introduziram na sua prática as armas brancas.

Formaram-se verdadeiros bandos de marginais aterrorizando a população.

Já em 1890, a capoeira foi colocada fora da lei pelo Código Penal da República, que dizia: “Art. 402 - Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal, conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em carreiras, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, promovendo tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal: Pena: De prisão celular de dois meses a seis meses. (Barbieri, 1993, p.118)”.

Segundo Sodré (1983), as punições aplicadas eram reclusão na ilha Fernando de Noronha e castigos corporais, tais como chibatadas.

Segundo Areias (1983), os seus chefes foram encarcerados ou exterminados, mas a capoeiragem continuou fazendo o seu trajeto.

A capoeira se espalhou pelo Brasil, porém foi nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco onde se encontravam os maiores comentários entre o povo e a imprensa local. Apesar de reprimida a capoeira continuou a ser praticada e ensinada para as gerações seguintes.

Em 1929 ocorreu a quebra da Bolsa de Nova Iorque com a consequente crise do capitalismo, o Brasil viveu um momento de ebulição das forças sociais.

Com a entrada de Getúlio Vargas no governo do país, medidas foram tomadas para angariar a simpatia popular, entre elas a liberação de uma série de manifestações populares. Para tal, Getúlio Vargas convidou Manoel dos Reis Machado, o mestre Bimba, para uma apresentação no Palácio do Governo. Temendo a popularização da arte - luta, Getúlio Vargas permitiu a abertura da primeira academia de capoeira, que teria um cunho folclórico. Após essa passagem, a capoeira perdeu suas características de luta marginal e vadiagem, visto que para frequentar a academia de mestre Bimba os indivíduos eram obrigados a ter carteira de trabalho assinada.

Grande parte do que se sabe hoje sobre a capoeira praticada pelos escravos foi transmitido pelas gerações de forma oral, visto que "... a documentação referente à época da escravatura foi queimada por Rui Barbosa, Ministro da Fazenda no governo de Deodoro da Fonseca" (Sete 1997).

Enfim, a capoeira ganhou a popularidade estimada por Bimba, e até os dias de hoje vem reunindo adeptos pelo país.
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