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NOV
27
27 NOV 2015
ESPORTES
Tabapuã foi palco de mais um grande evento de capoeira
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Valor educativo da capoeira
Atualmente a necessidade da manutenção de nossos valores culturais identitários se constitui emergência social. Em tempos de globalização orientada por uma cultura hegemônica, o consumismo e o individualismo vêm se apresentando como únicas alternativas à falta de referências. Conscientes desses fatos, educadores populares em todo o Brasil empenham-se em desenvolver projetos voltados a uma educação pluriétnica, com vistas à afirmação positiva das diferenças e ao fortalecimento da autoestima dos educandos “afro-índio-euro-brasileiros”.

Entretanto, esses educadores carecem muitas vezes de subsídios para o entendimento consciente dos modos de vida na África pré-colonial, da dimensão histórico-social da escravidão, do papel do afrodescendente nas lutas pela liberdade no Brasil e da função emancipadora da cultura brasileira. Em contrapartida, professores universitários tampouco dominam esses conteúdos, e a eles ainda falta o conhecimento empírico tradicional. Esse fato se dá por uma razão: os próprios educadores foram submetidos, ao longo de sua formação, a um ensino que nega e distorce sua história e restringe o seu acesso a fontes mais profundas de pesquisa e conhecimento.

A Capoeira é uma arte com histórico de lutas pela emancipação negra, o que a legitima como uma manifestação cultural libertária por excelência. Atualmente é reconhecida como ferramenta educativa em ambientes formais e não formais.

O trabalho visa caracterizar a capoeira como prática transformadora na formação de educadores democráticos. Nesse sentido, tendo em vista o ensino socialmente comprometido, consciente e historicamente embasado da Capoeira, recorremos aos estudos de Emília Viotti Costa, Paulo Freire, Ricardo Franklin Ferreira e Muniz Sodré, entre outros, para a fundamentação teórica. As observações pessoais específicas à prática docente são baseadas em minha própria experiência de professor-pesquisador de capoeira.

Concluímos que o ensino tradicional da capoeira, aliado a conhecimentos acadêmicos, tem potencializado seu caráter transformador como prática pedagógica e política e se constitui em poderosa ferramenta educativa para a escola brasileira.

O tema aqui apresentado tem sua relevância afirmada ao levarmos em conta a urgência social da manutenção de nossos valores culturais identitários em práticas educativas que contribuam para o desenvolvimento de cidadãos politicamente conscientes e críticos.

Para que essa meta seja alcançada se faz necessário um trabalho de conscientização para os educadores populares e acadêmicos. A capoeira, para milhares de crianças, jovens e adultos no Brasil, é a primeira e, para muitos, a única fonte de contato com a história do negro apresentada de forma positiva. No entanto, sua transmissão muitas vezes não alcança todo seu potencial social, pois a maior parte dos professores tem um conhecimento restrito, difuso e muitas vezes ingênuo e estereotipado da história do negro no Brasil, na África e na diáspora... Axé Mestre Tatu.
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